Espetáculo com Marieta Severo e Andréa Beltrão será apresentado em Aracaju

É um espetáculo teatral vitorioso que desde setembro de 2007, quando estreou no Teatro Poeira no Rio de Janeiro, vem lotando todas as salas onde se apresenta. Ao longo destes 3 anos de carreira mais de 100.000 espectadores já aplaudiram de pé esta comédia brasileira que conta a saga de Socorro e Zaninha, duas carpideiras do sertão nordestino. Em 2009 o espetáculo realizou uma temporada de enorme sucesso, em São Paulo, no Teatro Raul Cortez durante 4 meses.
Na peça, o autor explora o tema da morte, seus ritos e as personagens que a tradição popular evoca. Há um vasto repertório de causos em que se registra a dupla e importante missão das carpideiras dentro do ritual da morte. Elas devem confortar os familiares e tentar enganar a indesejada, ludibriar a dita-cuja, aplicando todo o seu saber fundado na esperteza e na dissimulação. Dizem que são centenárias, que nunca morrem porque fizeram pacto com a “Patroa”. São também chamadas de as choronas e carregam um lenço imenso nas mãos, sinal das lágrimas que devem verter... A tradição do carpir é milenar; no Brasil, quase em extinção, mas, por ser um ofício fortemente codificado, guarda um ritual de grande teatralidade. O carpir é também próprio do universo feminino, maternal, do acarinhar, cuidar da morte de cada defunto como um filho. Por isso, a maternidade é, de alguma forma, um dos eixos da peça. Socorro e Zaninha, carpideiras centenárias, são amigas e companheiras de ofício, ajudam-se nas artimanhas e tramas; a amizade é também um tema muito forte na peça.
As personagens se conhecem e começam a amizade. Zaninha viu Socorro carpir sua mãe e decidiu seguir o ofício; aproxima-se dela para ser sua parceira. Até que a Morte faz um estranho pedido. Aqui Socorro tem 25 anos e Zaninha, 20 anos.
Num velório, Socorro e Zaninha esperam um defunto que não chega. Durante esse tempo, recordam antigos velórios.
Narram como cada um chegou àquela morte. Bebem boa parte da pinga servida e acendem suas memórias destes quase cem anos de carpir. O velório no puteiro, o Coronel que quer comunicar-se com a amante devassa, o velório do cachorro baitola, o velório da milagrosa Flor, o palhaço enterrado com nariz, as artimanhas de Cleide para chegar perto de Jesus... Até que a Morte faz um estranho pedido.
Fonte: Emsergipe.com
0 comentários:
Postar um comentário